Lina Nonaka, 54 anos, nutricionista e profissional de marketing, descobriu em 2024 que sofre de Alzheimer precoce. Moradora de Itu, no interior paulista, ela reorganizou a rotina com o apoio do marido, Renato Norio Ikegami, 55 anos, e do filho, Thiago, 17.
Primeiros sinais
Os indícios da doença surgiram há cerca de quatro anos, quando Lina começou a esquecer itens básicos durante compras. Em uma das ocasiões, voltou do supermercado com as sacolas cheias, mas sem o produto que motivara a saída de casa. No trabalho, relatou dificuldades para concluir tarefas e manter a linha de raciocínio, o que levou colegas a sugerirem avaliação médica.
Confirmado o Alzheimer
Após exames e uma avaliação neuropsicológica, os especialistas confirmaram o diagnóstico. A notícia impactou toda a família. “Pela idade tão nova… é bem precoce”, recorda Renato. Sem cura disponível, o casal decidiu encarar cada dia “um de cada vez”, focando em estratégias que garantam bem-estar e segurança.
Nova rotina em casa
Renato assumiu o papel de cuidador. Um caderno de anotações ajuda Lina a lembrar compromissos simples, como preparar o café da manhã ou almoçar. A família participa de encontros da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) em busca de informações e troca de experiências. A fé messiânica também faz parte do cotidiano: Lina recebe Johrei, prática que, segundo o casal, contribui para aliviar a ansiedade.
Memória recente afetada
Hoje, Lina costuma esquecer conversas poucos minutos após tê-las. Para minimizar o impacto, o marido investe em resgates afetivos, como passeios por lugares que marcaram o passado, entre eles o tradicional cachorro-quente do campus da USP.

Imagem: Internet
Desafios familiares
O vínculo com a família de Lina, que mora em São Paulo, tornou-se esporádico. Segundo Renato, parte dos parentes ainda não compreende a dimensão da doença, o que dificulta visitas frequentes. O filho, Thiago, participa de palestras na Abraz para entender melhor o comportamento da mãe.
Planos e temores
Lina afirma ter apenas um medo: “ficar sozinha”. Entre os desejos, destaca a vontade de voltar à praia, destino que frequenta desde a infância no litoral norte de São Paulo.
Com informações de Terra





