Um estudo da Universidade de Harvard, divulgado em 26 de setembro de 2024, indica que uma caminhada rápida de 15 minutos diários é suficiente para atenuar em até 50% a ação de genes associados à obesidade e, simultaneamente, ajudar a reduzir o consumo excessivo de açúcar.
A pesquisa analisou cerca de 12 000 participantes adultos no México. Segundo os cientistas, aqueles que incluíam pelo menos um quarto de hora de caminhada em ritmo acelerado na rotina apresentavam menor propensão a buscar alimentos ricos em açúcar e exibiam melhor controle do peso corporal.
Por que a caminhada funciona
Os autores do estudo explicam que a atividade física leve estimula o gasto calórico, regula hormônios ligados ao apetite e melhora a sensibilidade das células à insulina. Dessa forma, diminui-se a necessidade do organismo de recorrer a grandes quantidades desse hormônio para estabilizar os níveis de glicose no sangue.
A nutricionista Fernanda Guedes, consultada pelo portal MinhaVida, reforça que o hábito pode ser especialmente benéfico para pessoas com resistência à insulina ou diabetes tipo 2. “A caminhada previne picos de glicose após as refeições e contribui para o controle glicêmico a longo prazo”, afirmou.
Outros ganhos para a saúde
Além de ajudar a conter o desejo por doces, caminhar fortalece o coração, reduz a pressão arterial, melhora a circulação e eleva o colesterol HDL (considerado “bom”), enquanto diminui o LDL (“mau”). Entre outros efeitos listados pela especialista estão:
- Facilitar a perda e a manutenção de peso;
- Reduzir estresse e ansiedade;
- Aumentar a densidade óssea e prevenir osteoporose;
- Aprimorar a qualidade do sono;
- Auxiliar na digestão e diminuir a sensação de inchaço.
Alternativas e ajustes na alimentação
Para quem deseja potencializar os resultados, Fernanda Guedes recomenda combinar a caminhada com outras modalidades, como musculação, ciclismo, natação, yoga ou treinos intervalados de alta intensidade (HIIT), que também elevam a sensibilidade à insulina e ampliam o gasto calórico.
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No prato, a orientação é privilegiar alimentos ricos em fibras — grãos integrais, vegetais e frutas — e em proteínas, como ovos, peixes e leguminosas, para evitar picos de glicose e prolongar a saciedade. Já açúcares simples e ultraprocessados devem ser reduzidos, pois provocam elevação rápida da glicemia e sensação de fome pouco tempo depois.
A especialista destaca que pequenas mudanças contínuas, tanto na alimentação quanto na prática de exercícios, são suficientes para melhorar o controle do açúcar no sangue e a saúde geral.
Com informações de MinhaVida





