Uma sondagem do Instituto Ipec, em parceria com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), mostra que 70% dos brasileiros já recorreram à comida para aliviar emoções negativas. O levantamento aponta ainda que 64% usam alimentos, principalmente calóricos, para lidar com ansiedade e estresse, enquanto 69% admitem consumir “besteiras” nessas ocasiões.
A chamada fome emocional ocorre quando o consumo de comida é motivado por sentimentos como tristeza, tédio ou irritação, e não pela necessidade fisiológica de se alimentar. Especialistas alertam que esse comportamento pode resultar em ganho de peso e, em quadros mais graves, desencadear transtornos alimentares, como a compulsão.
Como reconhecer a fome emocional
De acordo com os pesquisadores, o impulso costuma aparecer de forma repentina, sem sinais físicos típicos da fome, como o estômago roncando. Geralmente há desejo por itens específicos, como doces ou frituras, e sensação de culpa ou frustração após a ingestão.
Quatro estratégias para controlar o impulso
- Atenção aos gatilhos: observar em quais situações ou emoções o desejo por comida surge.
- Fontes alternativas de prazer: atividades como caminhar, ouvir música, ler, meditar ou praticar um hobby ajudam a aliviar a tensão.
- Autocuidado: manter uma rotina de sono adequada e fazer exercícios regularmente contribui para reduzir o estresse.
- Ajuda profissional: acompanhamento com psicólogos ou nutricionistas pode oferecer estratégias personalizadas para melhorar a relação com a alimentação.
“A fome emocional é mais comum do que se imagina e não deve ser encarada como fraqueza. O primeiro passo é identificar os gatilhos e buscar alternativas que proporcionem prazer sem envolver comida. Esse autoconhecimento pode ser ampliado quando avaliamos também nossas predisposições genéticas”, afirma a bióloga Larissa Bonasser, mestre em Ciências da Saúde e integrante da empresa de genética Genera.

Imagem: Internet
Com informações de Terra





