Produtos de limpeza agressivos, fragrâncias sintéticas e até móveis recém‐comprados podem liberar substâncias químicas capazes de prejudicar a saúde, alerta a especialista em bem-estar Gina Harney. Em publicação recente, a autora listou ações práticas que ajudam a “desintoxicar” o ambiente doméstico, cortar a exposição a compostos nocivos e melhorar a qualidade do ar interno.
Principais fontes de contaminação
Segundo Harney, os elementos mais comuns encontrados em residências incluem:
- detergentes com amônia, alvejantes e desinfetantes potentes;
- compostos orgânicos voláteis (VOCs) liberados por tintas e adesivos convencionais;
- retardantes de chama aplicados em sofás, colchões e tapetes;
- plastificantes como BPA e ftalatos presentes em potes plásticos e filmes de PVC;
- resíduos de pesticidas trazidos de jardins ou pela sola dos sapatos;
- fragrâncias artificiais de velas, sprays e cosméticos;
- metais pesados provenientes de tubulações antigas ou utensílios de baixa qualidade;
- poluição interna gerada por poeira, fumaça de cozinha e má ventilação.
Como identificar os riscos
A recomendação inicial é ler rótulos e consultar bancos de dados independentes, como o Skin Deep e o Guide to Healthy Cleaning, mantidos pelo Environmental Working Group (EWG). Kits caseiros de baixo custo também podem detectar chumbo, radônio e mofo, problema recorrente em imóveis antigos ou úmidos. Monitores de umidade e sensores de ar ajudam a rastrear níveis de partículas e VOCs, enquanto selos como GREENGUARD Gold indicam móveis com baixa emissão química.
Substituições de impacto imediato
- Limpeza: trocar sprays convencionais por soluções à base de vinagre, bicarbonato e óleos essenciais ou optar por marcas avaliadas pelo EWG, como Branch Basics e Rosey.
- Qualidade do ar: abrir janelas diariamente, evitar odorizantes sintéticos e instalar purificadores com filtro HEPA; os modelos Air Doctor e Jaspr são citados pela autora.
- Cozinha: substituir panelas de alumínio por peças de inox ou cerâmica sem revestimento; as linhas OurPlace e Caraway aparecem como alternativas.
- Armazenamento de alimentos: priorizar potes de vidro ou inox para diminuir o contato com BPA e ftalatos.
- Mobiliário e têxteis: escolher madeira sem tratamento químico, algodão orgânico, linho ou lã, materiais que emitem menos retardantes de chama.
Hábitos complementares
Manter a umidade entre 40 % e 50 %, tirar os sapatos na porta, lavar roupas novas antes do uso, aspirar com equipamento HEPA e ventilar cômodos com frequência figuram entre as práticas sugeridas. A troca gradual, feita conforme os produtos atuais se esgotam, evita desperdício e facilita a adoção das mudanças.

Imagem: Internet
Para Harney, pequenas alterações acumuladas ao longo do tempo podem diminuir significativamente a presença de substâncias tóxicas em casa e favorecer a saúde de toda a família.
Com informações de The Fitnessista





