TDAH: quais são os sintomas verdadeiros na infância e na vida adulta

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica de origem genética que costuma surgir na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) descreve o transtorno por três características centrais: desatenção, hiperatividade e impulsividade. O distúrbio também aparece na literatura médica como Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA).

Diagnóstico em adultos

A psicanalista e psicopedagoga Andréa Ladislau explica que a confirmação do TDAH em adultos exige a identificação de sinais já presentes na infância e a classificação dos sintomas atuais. Segundo a especialista, pessoas adultas com o transtorno costumam enfrentar dificuldades para organizar e planejar tarefas diárias, além de interromper atividades no meio e retomá-las apenas muito depois – ou não retomá-las.

Sintomas segundo a ABDA

De acordo com a ABDA, na infância o TDAH está ligado a problemas escolares e de convivência com colegas, pais e professores. Meninos apresentam, em geral, níveis mais altos de hiperatividade e impulsividade, enquanto meninas tendem a demonstrar principalmente desatenção.

Na vida adulta, o quadro inclui falhas de memória e dificuldades para manter a atenção em compromissos cotidianos e profissionais. Adultos com TDAH também podem ser inquietos, impulsivos e encontrar obstáculos para perceber o impacto do próprio comportamento nos demais, o que leva à impressão de egoísmo. A entidade destaca ainda a maior incidência de uso de álcool e drogas, além de ansiedade e depressão.

Sinais mais comuns listados pela especialista

Entre os indícios observados por Andréa Ladislau estão:

  • Instabilidade profissional;
  • Rendimento abaixo do potencial intelectual;
  • Falta de foco e atenção;
  • Dificuldade em seguir rotinas;
  • Desorganização;
  • Problemas para planejar e executar tarefas;
  • Procrastinação;
  • Ansiedade diante de atividades pouco estimulantes;
  • Dificuldades e instabilidade nos relacionamentos;
  • Oscilações frequentes de humor;
  • Esquecimentos recorrentes, com perda de datas e compromissos importantes;
  • Dificuldade para expressar ideias e colocá-las em prática;
  • Problemas para ouvir e esperar a vez de falar;
  • Busca constante por novas experiências que proporcionem estímulo;
  • Intolerância a situações monótonas ou repetitivas.

Profissionais de saúde reforçam que apenas avaliação clínica pode confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento mais adequado.

Com informações de Terra

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