Neurocientistas reforçam que intervalos planejados são parte imprescindível do trabalho e não sinônimo de ociosidade. Segundo especialistas, pausas curtas e intencionais aliviam o esgotamento mental, mantêm a atenção e favorecem a formação de novas ideias.
Como o cérebro reage às pausas
O sistema nervoso opera em ciclos de esforço e repouso. Durante os momentos de descanso, entra em ação a Rede Neural de Modo Padrão (Default Mode Network), área ligada a pensamentos introspectivos que consolida memórias e cria conexões inusitadas. Esse processo sustenta a criatividade e o aprendizado profundo.
Efeitos comprovados
1. Prevenção do esgotamento: trabalho contínuo eleva o cortisol, hormônio do estresse. Intervalos breves ao longo do expediente ajudam a normalizar esse nível e evitam burnout.
2. Foco renovado: estudos indicam que interrupções de cinco minutos a cada 90 minutos de atividade mental restauram a energia e mantêm a eficiência.
3. Criatividade em alta: insights costumam surgir durante atividades simples, como um banho ou caminhada, quando o cérebro está livre para associações espontâneas.
4. Memória fortalecida: silenciar-se por alguns instantes após receber novas informações favorece a fixação no longo prazo.
Técnicas de descanso ativo
Passeio rápido: deixar a mesa por cinco minutos e mudar de ambiente restabelece a atenção.
Respiração profunda: exercícios ou breves sessões de meditação acionam o sistema parassimpático, responsável pela sensação de calma.
Imagem: Internet
Descanso visual: trocar a tela por uma planta ou paisagem alivia a sobrecarga ocular.
Cochilo de 20 minutos: quando possível, esse sono curto melhora humor, alerta e desempenho cognitivo.
Férias programadas: períodos mais longos longe do trabalho são considerados necessários para recuperação completa.
Ferramentas como a técnica Pomodoro — 25 minutos de foco seguidos de cinco minutos de pausa — exemplificam a aplicação prática dos ciclos de atividade e repouso sugeridos pelos especialistas.
A adoção consciente dessas estratégias, defendem os pesquisadores, representa investimento direto na saúde mental, na produtividade e na qualidade de vida dos trabalhadores.
Com informações de Terra





