Somente 10% dos casos de câncer de mama têm origem hereditária, de acordo com o Ministério da Saúde. A maior parte das ocorrências está ligada a fatores comportamentais, como sedentarismo, obesidade, exposição a hormônios e consumo de álcool. A informação reforça o objetivo do Outubro Rosa, campanha internacional que estimula a prevenção da doença e o diagnóstico precoce por meio da mamografia.
Entrevista ao vivo esclarece principais dúvidas
Em 17 de novembro de 2022, o portal MinhaVida realizou uma transmissão ao vivo com a radiologista Ana Cristina Pereira Lessa, em parceria com a CDB Medicina Diagnóstica. Durante o bate-papo, a especialista detalhou fatores de risco, sinais de alerta e medidas preventivas.
Principais fatores de risco
Segundo a médica, o câncer de mama é multifatorial. Entre os fatores associados, estão:
- Idade avançada;
- Histórico familiar de câncer de mama, radioterapia prévia ou mutações genéticas;
- Menarca antes dos 12 anos e menopausa após os 55;
- Sedentarismo, consumo de álcool e tabaco;
- Colesterol elevado e alimentação inadequada.
A especialista alerta para atenção redobrada quando existe caso de câncer de mama em familiares com menos de 50 anos ou ocorrência de câncer de ovário, próstata ou pâncreas na mesma família.
Mamografia x autoexame
A mamografia é considerada o principal método para detecção precoce, identificando alterações antes do surgimento de sintomas. “Com diagnóstico precoce, a chance de cura chega a 95%”, afirmou Ana Cristina.
O autoexame continua recomendado para autoconhecimento, facilitando a percepção de alterações como descamação do mamilo, secreção incomum, aumento de volume, mastite resistente a antibiótico ou nódulos duros e fixos, inclusive nas axilas. Entretanto, o procedimento costuma detectar tumores somente a partir de 2 cm e não alcança áreas profundas da mama, ressaltou a médica.
Imagem: Internet
A orientação é realizar mamografia anual a partir dos 40 anos, independentemente da presença de sintomas.
Prevenção possível com mudança de hábitos
Embora fatores genéticos não possam ser modificados, adotar estilo de vida saudável — alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, redução do consumo de bebidas alcoólicas e abandono do tabagismo — diminui significativamente o risco de desenvolvimento da doença.
As orientações reforçam a importância de combinar exames periódicos e hábitos saudáveis para reduzir a incidência de câncer de mama e aumentar as chances de cura.
Com informações de MinhaVida
