Um estudo da Funcional, empresa de tecnologias de suporte a pacientes, identificou que o grupo com 58 anos ou mais respondeu por 30,6% do consumo de medicamentos psiquiátricos no Brasil entre agosto de 2024 e julho de 2025.
A análise examinou o comportamento de mais de 2,5 milhões de beneficiários do programa Benefício Farmácia. Dentro desse universo, 22% utilizaram algum fármaco para transtornos mentais no período, percentual superior ao registrado em 2019, antes da pandemia de covid-19.
Maior adesão ao tratamento
Além de consumirem mais, os pacientes nessa faixa etária mantiveram o tratamento por mais tempo: em média 9,8 meses, ante seis meses observados nas demais idades.
Panorama após a pandemia
Outro levantamento da Funcional, divulgado em julho, já havia apontado aumento de 12,4% no uso de antidepressivos entre adultos de 29 a 58 anos nos dois anos anteriores, reforçando a tendência de crescimento no uso desses medicamentos.
Efeitos no mercado de trabalho
Dados do Ministério da Previdência Social mostram que, em 2024, mais de 472 mil trabalhadores foram afastados por ansiedade ou episódios depressivos, alta de 67% em comparação a 2023. Atualmente, os transtornos mentais ocupam o terceiro lugar entre as principais causas de afastamento laboral no país.
Imagem: Internet
Diagnósticos em crescimento
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019) indica que 10,2% dos adultos brasileiros receberam diagnóstico de depressão, o equivalente a cerca de 16 milhões de pessoas. Em 2013, o índice era de 7,6%, revelando avanço consistente nos últimos anos.
Projeções demográficas
Estimativas do IBGE apontam que, em 2046, a população com 60 anos ou mais representará 28% dos brasileiros, cenário que pressiona sistemas de saúde a garantir acesso a medicamentos e acompanhamento multiprofissional para doenças crônicas, inclusive as que afetam a saúde mental.
Com informações de Terra
