São Paulo (SP) – Conhecida pela marca Lolitta, a estilista Lolita Zurita Hannud apresentou em meados de setembro sua nova coleção Seen/Felt, referente à temporada primavera-verão 2026. O desfile, realizado em uma concept store na capital paulista, marca o retorno da criadora às origens no tricô, técnica que a acompanha desde a adolescência.
Da primeira coleção na escola ao SPFW
Hannud produziu a primeira série de peças em tricô aos 12 anos, destinada às colegas de escola. Aos 26, em 2014, fez a estreia oficial na São Paulo Fashion Week. Agora, às vésperas de completar 25 anos de carreira, retoma o “fio condutor” que define o DNA da grife: feminilidade, valorização das curvas e equilíbrio entre estruturas firmes e tramas mais leves ou transparentes.
Processo de reestruturação
Segundo a estilista, a Seen/Felt resulta de um trabalho de reorientação criativa iniciado há cerca de um ano e meio. O objetivo, afirma, é reconectar a marca à proposta original de oferecer tricô sofisticado, acabamento impecável e design autoral, com mix de produtos mais enxuto e foco em exclusividade.
Materiais, cores e destaques
A coleção traz jérsei como uma das principais matérias-primas. A cartela de cores combina tons suaves, como off-white e amarelo manteiga, a variações mais intensas, entre elas cacau, framboesa, dourado e prateado. Entre as peças de maior evidência aparecem as calças Aladim (ou harém) e a cintura peplum – elementos que já faziam parte do repertório da etiqueta e retornam em sintonia com tendências atuais.
Mudanças no mercado de tricô de luxo
Em entrevista, Hannud lembra que, em 2014, poucas marcas autorais exploravam o tricô de luxo no país. De lá para cá, a expansão das redes sociais acelerou o consumo, estimulou o surgimento de novos nomes e aumentou a incidência de cópias. Para a designer, o desafio é preservar a originalidade sem abrir mão da qualidade e da exclusividade que caracterizam a Lolitta.

Imagem: Internet
Ao falar com a própria versão adolescente, a estilista diz que reforçaria a importância de confiar nos instintos e seguir um caminho genuíno – os mesmos princípios que, afirma, continuam guiando sua produção.
Com informações de Terra





